Saturday, December 16, 2006

“Ficção, noticias e entertenimento – As idades da televisão em Portugal”

Neste texto da autoria de Gustavo Cardoso procura-se dar a conhecer um estudo geracional das audiências e respectivos programas preferidos na realidade portuguesa e procurar estabelecer relações de causalidade entre ambos.
O estudo agrupa à partida os públicos em três gerações que vão desde 1950 a 1984. A primeira geração é definida como geração iniciática, aquela que teve pela primeira vez contacto com a televisão e as características particulares da sua programação no final do período do Estado Novo. Esta geração engloba os cidadãos nascidos de 1950 a 1966.
À geração seguinte que se enquadra no período entre 1967 e 1984 dá-se o nome de geração de transição que, como o próprio nome indica experimentou um período de mudança e melhoramento dos conteúdos televisivos e suportes utilizados. Viveram os períodos da Paleo – televisão e a sua mudança gradual para Neo – Televisão.
A terceira e última geração é aquela que se confrontou com o aparecimento do computador como concorrente da televisão na atenção dedicada, o aparecimento da era digital e a maturação do mercado televisivo nacional e internacional com o aparecimento dos canais privados e a entrada de empresas de distribuição de televisão por cabo. Esta geração é definida por geração multimédia e nasceu a partir de 1985.
Para além da variável idade são também tidas em consideração a profissão, o nível de escolaridade e o sexo dos participantes. Conclui-se então que a televisão serve como instrumento útil para averiguar o espírito de uma dada geração e a memória comum a essa mesma geração, funcionando como elemento identificador importante.

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