Saturday, December 16, 2006

“Práticas produtivas e relacionamento entre jornalistas e fontes de informação“ – Rogério Santos

Este texto propõe-se abordar a relação, por vezes conflituosa, entre fontes de informação e jornalistas, através de uma definição do que são as fontes de informação, as estratégias que são usadas para aceder às mesmas e as suas rotinas produtivas.

As fontes dividem-se então em:

  • Jornalistas
  • Porta-vozes de instituições e organizações governamentais
  • Porta-vozes de instituições e organizações não-governamentais
  • Cidadãos individualizados

Para uma melhor compreensão do papel de cada uma agruparam-se estes tipos de fontes em três grupos principais:

  • Oficiais – aquelas que veiculam a posição de instituições ou organizações oficiais, governamentais ou empresariais.
  • Regulares – que emitem regularmente opiniões e pareceres que devido à sua posição têm algum peso na sociedade.
  • Ocasionais ou acidentais – Um qualquer cidadão que emite uma opinião ou relata um acontecimento sobre o qual tem conhecimento.

Relativamente à forma as fontes podem ter acesso às organizações noticiosas podemos considerar duas: o acesso em que a opinião da fonte vai ter grande relevância no texto jornalístico final ou a cobertura, em que essa mesma opinião não é a base do texto jornalístico destacando-se apenas pequenos excertos que possam tornar o texto mais apelativo.


A designação de fonte pode ainda variar consoante a entidade representada:

Assessor de Impressa: aquele cuja função obriga a uma relação mais próxima com os jornalistas.
Porta-voz: aquele que por um conjunto de características ou qualidades e nomeado para expôr uma determinada posição sobre um dado assunto.


A forma como esta relação se estabelece e as informações chegam aos meios de comunicação pode também conhecer diferentes métodos dependendo da forma como se comportam as fontes. Assim estas podem ter um papel pró-activo, reactivo ou de organização interna. Esta relação pode no entanto não acontecer sempre da forma mais harmoniosa. Assim as fontes quando se sentem lesadas podem recorrer a dois tipos de processos: internos, pedindo esclarecimentos directamente ao jornalista ou ao meio de comunicação e externos, preferindo neste caso seguir a via judicial ou pura e simplesmente recusar-se a colaborações futuras.

Para uma cooperação harmoniosa é necessário então que os jornalistas respeitem as fontes como uma classe fulcral para o correcto desenvolvimento da actividade jornalística e que estas ultimas percebam que as informações que disponibilizam devem ser objecto de tratamento jornalístico não podendo os meios de comunicação ser usados como veículos publicitários para alcançar os objectivos de agendas privadas.

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